Ser ambientalista não é um culto, nem sequer deve ser encarado como espírito de missão. Basta apenas reconhecer que tem que se viver de forma sustentada em equilibrio com todo o resto do ecosistema. O simples facto de existirmos ( como existem árvores, animais, bactérias e virus) da forma como o fazemos, é terrívelmente perigoso.
Não há como existir sem fazer lixo, sem deixar a nossa pegada carbónica, mas podemos fazê-lo de forma a minimizar os prejuízos. A única e verdadeira missão de um ambientalista é viver desse modo e convencer o parceiro do lado da justeza das intenções.
Claro que está em marcha uma guerra, porque tem muita gente que acha que o presente é que importa e que se dane o futuro dos nossos filhos. De qualquer modo, tudo está interligado e o caminho ou é feito ou o planeta se encarrega de o fazer.
Tenho-me batido pelas energias alternativas. O uso de combustíveis fosseis está na primeira linha do aquecimento global. Um estudo feito sobre lareiras em casa, mostrou resultados devastadores. O uso de energias fosseis para alimentar fábricas e outras formas de produção, já obrigou os países (nem todos), a reverem os seus protocolos.
O consumo desvairado de água, usado para todos os fins tem de terminar, porque os recursos hidricos estão no fio da navalha.
O abate de animais por esse mundo fora,conduz à desflorestação, à desertificação, à poluição irreversível dos lençóis freáticos, às chuvas ácidas, etc. As capturas intensivas com arrastões de fundo, são terrívelmente predatórias das espécies a capturar, como das espécies que não eram para capturar, e que vão servir para fazer farinhas para alimentar...os gados.
O plástico deveria ser abolido imediatamente. Ainda assim se está a ler isto, pare com os plásticos e aconselhe o seu amigo do lado a fazer o mesmo ( nada do planeta está livre do plástico, nem os nossos pulmões).
Como cidadão comum o que posso fazer?
Envolver-me com organizações ambientalistas sérias; usar a água de forma sustentada (tomar banho de imersão gasta 300 litros de água, tomar banho de chuveiro gasta 20-30 litros); reduzir aos mínimos o consumo de proteínas animais, tornar-me tendencialmente vegan. Se nós deixarmos de comer carne, vão produzi-la para vender a quem?; olhar para outras culturas e outras formas de alimentação; estar na linha da frente no combate às grandes queimadas, feitas pelos exploradores de gado e plantadores de soja; batalhar por santuários da vida animal tanto em terra como no mar; boicotar alimentos obtidos em regime de cultura intensiva ( tanque marítimos de produção de peixe e pecuária intensiva); assim que possível deixar os transportes movidos a combustível.
No geral, temos de mudar de vida e de comportamentos. Temos de pressionar para que o ambiente seja um tema desde o início escolar, em escolas com energias alternativas, com cantinas consequentes e com consumos de água razoáveis. E, na verdade a escolha é nossa. Só nos vendem aquilo que nós quisermos. Ainda que esteja isolado, se cada um convencer uma pessoa mais, a batalha será ganha.
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