PARAÍSO
Durmo um sono profundo
E tropeço em raios de luar
Acordo
Cheira-me a marés por acontecer
Debaixo da almofada
Voam bandos de golfinhos
Finalmente abro os olhos
Na minha janela dança o sol
Em raios oblíquos
Novo dia por usar
Um café, amigos
E tanto para fazer ainda
Meu sul, meu país do sul
Um paraíso que não inventei
Porque existe para lá da minha janela.
Lobito, Setembro de 2015
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
PEQUENAS COISAS
PEQUENAS COISAS
Às vezes aqui faz frio
Penso nas pequenas coisas da vida
No silêncio da escuridão e nos cheiros
Poderia deitar-me nos silêncios
O mar afinal é um enorme deserto líquido
Sinto que há coisas para dizer
Que o tempo não perturba
Assim como sentimentos a querer esvoaçar
O mar tem cheiro de vela inchada
E o amor deita-se numa esteira
A vida é apenas um antigamente
E cada um é um rascunho
Em permanente transformação e retoque
É possível dizer a cor do fogo?
E que língua falam os pássaros de madrugada?
No fim
Apenas quero aprender o amor
Na respiração das tuas mãos.
Lobito, Setembro de 2015
Às vezes aqui faz frio
Penso nas pequenas coisas da vida
No silêncio da escuridão e nos cheiros
Poderia deitar-me nos silêncios
O mar afinal é um enorme deserto líquido
Sinto que há coisas para dizer
Que o tempo não perturba
Assim como sentimentos a querer esvoaçar
O mar tem cheiro de vela inchada
E o amor deita-se numa esteira
A vida é apenas um antigamente
E cada um é um rascunho
Em permanente transformação e retoque
É possível dizer a cor do fogo?
E que língua falam os pássaros de madrugada?
No fim
Apenas quero aprender o amor
Na respiração das tuas mãos.
Lobito, Setembro de 2015
terça-feira, 22 de setembro de 2015
SILÊNCIO
SILÊNCIO
Apenas um poema
Onde cabe mais um
Pegadas num campo imaculadamente branco
Vem. Junta-te agora
Ajuda-me a criar
O raio
E a pequena fatia de silêncio após o trovão
E anjos e demónios
Podemos até tropeçar em raios de luar
Admirável coisa húmida dentro da cabeça
Do nada brotam sonhos e emoções
E pensamentos conscientes
De ti e de mim, de todos
Pendurados em cada respiração pausada
Ou dividir a escuridão com outra pessoa
Numa única gota de negrume
O silêncio é uma cama onde nos podemos deitar
E nessa ausência de luz
Criar as memórias e os futuros por vir.
Lobito, Agosto de 2015
Apenas um poema
Onde cabe mais um
Pegadas num campo imaculadamente branco
Vem. Junta-te agora
Ajuda-me a criar
O raio
E a pequena fatia de silêncio após o trovão
E anjos e demónios
Podemos até tropeçar em raios de luar
Admirável coisa húmida dentro da cabeça
Do nada brotam sonhos e emoções
E pensamentos conscientes
De ti e de mim, de todos
Pendurados em cada respiração pausada
Ou dividir a escuridão com outra pessoa
Numa única gota de negrume
O silêncio é uma cama onde nos podemos deitar
E nessa ausência de luz
Criar as memórias e os futuros por vir.
Lobito, Agosto de 2015
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