quarta-feira, 31 de março de 2021

JORNALISTAS E ESCRIBAS A SOLDO

Confesso que nunca entendi, como é que de uma profissão nobre, que deveria ser isenta na publicação das notícias, se chegou a este ponto.

Exige-se de qualquer outra profissão, a decência, a competência, e o amor à verdade, como não exigi-lo do jornalismo? Além do mais, vivem vangloriando-se disso, querendo assumir-se como os grilos falantes da humanidade. Quem os ouvir, pensará que está em presença de uma alma impoluta apostada apenas na verdade.

Quando se escava apenas um bocado, percebe-se que para além de um número muito reduzido de excelentes profissionais, o jornalismo tem na sua esmagadora maioria uma quantidade de gentinha a soldo dos mais inconfessos interesses, pessoais ou de uma qualquer corporação que lhe paga para que difunda tudo o que for necessário e encomendado. É assim, que se tentam derrubam países, que se prendem inocentes, que se culpa quem quer que seja. E, quando desmascarados, limitam-se a dizer que não podem revelar as fontes e que desculpem qualquer “coisinha”. E se quiserem a democracia dá-vos sempre o direito de fazer queixa. Mas porque é que alguém de bom senso há-de fazer queixa? Apetece dizer que  fica mais barato, dar umas pauladas em qualquer um desses escribas e depois ele que faça queixa se quiser.

Escribas a soldo, sem moral, sem balizas nem limites para a sua desonestidade. Verdadeiros ratos de esgoto, permanentemente atolados. O caldo para que as coisas piorem está criado. Do lado de cá há uma imensa massa humana que roça a iliteracia ( um dia destes havemos de falar de iliteracia, porque muita gente acha que é apenas não saber ler nem escrever), infelizmente atravessando todo o espectro social, moldável a qualquer opinião do momento e a quem as redes sociais deram uma visibilidade, que lhes faz crer que são indispensáveis para o presente e futuro deste planeta. E estes escribas aproveitam à exaustão.

Eu encontro-me no grupo que acha que vale a pena retorquir e mostrar que são errados, desonestos, e que vale a pena ouvir a verdade dos factos indiscutíveis, e fazer-lhes cair a lei em cima. Porque é possível chegar lá, dá trabalho mas é possível e quanto mais desmascararmos essa escória, menos vão restando.

Habituei-me a nunca formar opinião sem primeiro ter a certeza de que não estou a ler uma “fake new”. E deixem-me dizer que na verdade é fácil chegar lá na maior parte das vezes.

Na semana passada um amigo enviou-me, preocupado porque se ia vacinar, um texto que grassava nas redes sociais, e perguntava-me se afinal se vacinava ou não. Um tal Vanden Bossche afirmava que a vacina ia acabar com a espécie humana. Apresentava-se como virólogo e criador de vacinas, cooperador de Bill Gates. Limitei-me a procurar o que havia sobre este senhor, mas a comunidade médica mundial já estava em cima do assunto. Além de não ter nunca publicado nada de relevante, esse senhor era…veterinário.

Claro que aconselhei o meu amigo a ficar sossegado e combinei irmos juntos vacinar-nos, coisa que já fizemos.

  

quarta-feira, 10 de março de 2021

HAIKAI

Pedras e rochas 

Lodos primevos distantes

De um tempo endurecido 

CAMADA DE VERNIZ

 Não vale a pena, perder tempo com as redes sociais e os seus devaneios momentâneos. Rápidamente passam de um devaneio para outro ao sabor das correntes do momento. É até possível pôr toda essa gente a favor de ideias retrogradas. Basta uma boa argumentação.

Racismo e xenofobia sempre haverá, não tenhamos ilusões. E não é uma coisa de brancos e negros. muitas matizes se encontram pelo meio e nem sempre a cor desempenha papel central. Claro que se deve lutar contra isso, mas do meu ponto de vista, não deste modo tão errado.

Este tipo de coisas não nasce connosco, adquire-se, desde logo em casa dos pais. Depois na escola. Portanto, é aí que as atenções devem estar centradas. Na educação de valores que sejam justos e correctos. Na paciência que é necessário ter, porque este fenómeno não se erradica do dia para a noite.

Fundamentalmente, na necessidade de racionalizar recursos e de colocar as instituições nos trilhos. Não basta ter um Alto Comissariado para os Direitos Humanos, se quem está à frente é incapaz de pensar antes de falar, se tiver lá sido colocado por influências políticas, ou se lá foi colocado pelo género e não pela competência. 

Fala-se à exaustão na quota que as mulheres têm de ter nos mercados de trabalho, o que quanto a mim é uma forma de racismo. As mulheres e os homens devem ser colocados pela sua competência e não mais do que isso. Mas, o que nós vemos são todos os fazedores de opinião a dizer o contrário, sejam de que género forem.

Já vamos no século XXI, mas o que nos distingue da idade das trevas, é apenas uma ligeira camada de verniz no comportamento, que rápidamente estala à menor dificuldade.

RECIPROCIDADE

 O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos alertou esta terça-feira que a decisão dos suíços de proibirem o uso do véu integral (burca) "levará a uma maior marginalização e exclusão da vida pública" das muçulmanas no país. "A Suíça juntou-se a uma minoria de países nos quais a lei discrimina ativamente as mulheres muçulmanas e isso é profundamente lamentável", sublinhou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado, numa conferência de imprensa.

Pessoalmente, não professo nem destilo qualquer forma de xenofobia, defendo árduamente a movimentação dos povos e não me interessa a sua cor, credo, ou religião. Também defendo que os países de acolhimento, tratem os seus usos e costumes de forma justa e cordial.

Actualmente, há uma disfuncionalidade global, no que diz respeito a estes valores. De repente toda a gente, repito toda a gente é anti-racista e anti-xenófoba. Liderados a nível mundial pelas grandes empresas de opinião, nomeadamente os profissionais de Direitos Humanos, Nações Unidas, etc.

Nunca ninguém me explicou a outra face da moeda, se calhar porque não interessa ou não há coragem. Uma mulher ocidental, que vá trabalhar para um país islamico sofre horrores na pele, porque tem que obrigatóriamente obedecer às leis desses países, nomeadamente no que toca a vestuário. Quem já viajou, sabe que as agências de viagens distribuem panfletos com recomendações sobre tudo isso.

Há critérios de reciprocidade que não estão a ser cumpridos.

Portanto, até ao dia em que as mulheres ocidentais se possam sentir livres num qualquer país islâmico, eu sou frontalmente contra o uso de burca, e acho que a Suiça esteve bem em fazê-lo.

E podem chamar-me xenófobo que eu não me importo.

quarta-feira, 3 de março de 2021

MORTE

Nestes dias, tem-se falado insistentemente de morte. A pandemia tem ceifado muita gente.

Por defeito de profissão, talvez, desde muito cedo me habituei a encarar a morte de uma forma muito natural, sem grande sofrimento, já que de uma maneira ou doutra acontecerá a todos nós.

Aquilo que me traz verdadeiramente sofrimento, permanente, doloroso, sem remédio, é a ausência.

Saber que nunca mais poderei partilhar a companhia, trocar ideias, ou simplesmente estar, mexe no mais fundo de mim.

Saber que a ausência é definitiva, seja de alguém próximo, família, estranhos que sempre foram importantes para mim, que janais poderei ouvir coisas novas de Jobim, que Gabriel Garcia Marquez nunca mais me surpreenderá, que nunca mais poderei trocar conversa, carinho, ou brincadeiras com o meu irmão, que jamais ouvirei as vozes dos meus pais, isso sim traz-me sofrimento permanente e uma enorme sensação de impotência.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

COVID

Nestes dias alucinados, em que todos andamos obsessivamente à volta da pandemia, e em que muitos amigos e amigas se sentem no limite e sem saber o que fazer, apetece-me dar-lhes o meu ponto de vista.

 Sabemos hoje muito mais do que sabiamos há um ano. O vírus espalha-se através das goticulas, que vêm com os espirros, tosse. Não há outra forma de se espalharem.

A mortalidade embora assustadora dado o número de infectados, é baixa, mas a escala de infectados é enorme e portanto os números de mortos são enormes. O Brasil tem hoje 10257875 de infectados, 9189903 de recuperados e uma mortalidade 248 529, o que equivale a uma mortalidade de 2.4% e a uma recuperação de 89.6%.

O controle é difícil, por várias razões. Porque os governos não tomaram as medidas correctas e porque a população está longe de colaborar como deve. Provoca ajuntamentos, raramente cumpre com as normas, ignora os riscos.Todos temos culpa desta falta de controle, os governos dos diversos países nem sempre estão vocacionados ou disponíveis para enfrentar este problema, e afinal nem é muito difícil. Basta lavar as mãos com frequência, usar máscaras apropriadas, evitar ajuntamentos e fazer um confinamento correcto.

Nemhum serviço nacional de saúde está preparado para isto. Se pensarmos em todos os infectados dirigindo-se para as urgências, ainda que a maioria seja assintomática ou com sintomas ligeiros, perceberemos rápidamente que as urgências vão colapsar. Se um hospital receber 100 doentes a necessitar de suporte ventilatório, seguramente que o sistema vai colapsar. Nenhum hospital em lado nenhum do mundo, tinha ou tem centenas de ventiladores e pessoal para os manobrar, nem tão pouco estrutura física para isso. Então o que resta é ajudar a que a pandemia seja contida, colaborando, cumprindo as normas, pressionando para medidas eficazes.

É óbvio, que há muitas particularidades. Devem abrir-se as escolas? Os restaurantes? Os transportes públicos? Os estádios? As praias? Os mercados?

A resposta não é fácil, apenas porque ninguém cumpre as regras. Por outro lado, não é possível manter indefinidamente os países em confinamento. Pessoalmente, acho que com todas regras de biosegurança cumpridas, devem abrir-se as escolas. Trata-se de populações muito jovens, que dificilmente terão problemas sérios com o covid, e que irão ajudar à imunidade de grupo. E já está provado que nas escolas que cumprem estas medidas simples, os casos que surgem são de apenas 0.3%.

O covid veio para ficar, tal como a gripe e outras viroses. É tempo de ter toda a calma do mundo, pressionar os governos para que se tomem as medidas correctas, iniciar as campanhas de vacinação ( que não darão imunidade permanente), e seguir em frente. E depois irão surgir anualmente vacinas, tal como para a gripe, adequadas às mutações que o virus for sofrendo. E tal como com a gripe, a maioria das mutações anuais serão benignas. Apenas de vez em quando surgirão mutações mais violentas como também acontece com a gripe.

LAVEM AS MÃOS; USEM MÁSCARAS APROPRIADAS; MANTENHAM DISTÂNCIA DE SEGURANÇA

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021


Aparentemente quem nasce num determinado país tem essa nacionalidade. Pelo menos é o que dizem todas as constituições.

Mas, nas voltas da vida e nos dias actuais, o planeta tornou-se mais pequeno e toda a gente vive em todos os lugares. A nacionalidade no seu sentido mais profundo deixou de ser uma marca geográfica, tornando-se em muitos casos uma questão de amor. Muita gente opta por determinada nacionalidade, por conveniência, porque casou, porque teve filhos,  por  um  número  quase                                                                                                        infinito de razões, mas deveria haver nacionalidades por amor.  O meu país, a minha casa, é onde eu me sinto bem, feliz, realizado. É onde a minha alma sente que está no sítio correcto, onde se identifica com o que a rodeia, tem  uma ligação telúrica profunda à terra. O meu país é aquele que vincou a minha maneira de ser, que me obrigou a ser o que sou hoje, e que sem margem para dúvidas me fez regressar definitivamente. 

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

PEQUENO PONTO AZUL


Estar na Estação Espacial e olhar para este nosso planeta, mostra-nos como ele é lindo nos seus tons de azul. Já Carl Sagan o dizia: este pequeno ponto azul...

De lá não dá para ver, mas moram aqui espécies raras, únicas, milhões delas, cada uma com a sua beleza exótica. Moram também humanos, de todas as espécies, com olhos azuis, verdes, roxos, com todas as cores imaginárias de cabelos, com diferentes particularidades infinitas, um verdadeiro milagre da vida. todos diferentes, todos humanos.

Não é difícil imaginar o dia em que iremos reconhecer-nos por tudo o que temos em comum, como não é difícil imaginar que virá o dia em que os esforços serão colectivos. Talvez vá demorar, mas é inevitável que chegará o momento em que nos reconheceremos habitantes da mesma casa, com os mesmos anseios e expectativas. Nesse dia, teremos dado um grande passo, porque o que falta apenas é harmonia e respeito por todas as espécies.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

PALAVRAS

Um precipício de palavras jorrando em cascata. Desfazendo-se lá em baixo sem nenhum som. Saídas de nenhuma boca, apenas flutuando nos rios da memória de cada um. Muitas delas inúteis, perderam o significado ao longo desta viagem. Outras, marcando pilares nos caminhos percorridos e naqueles adiante. Muitas vozes silenciosas foram esquecidas. Algumas, apenas algumas, ressoam insistentemente na espuma de todos os dias. Quanto mais se anda nesta vereda, mais as palavras ganham sentido, melhor são escolhidas.
E dessa, muito poucas, raras, são sementes na construção dos alicerces da vida.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

LUNDA NORTE

O facebook é um verdadeiro esgoto a céu aberto. Infelizmente, muita gente decente anda por lá, mas esses vale a pena considerar. De uma forma geral, não me prendo às redes sociais. Calhou ver alguns desses vómitos, relacionados com o que aconteceu na Lunda Norte.

A igreja, os correligionários do costume, todos os ressaibiados, todos aqueles que embarcam nestas coisas, apenas porque lhes parece bem e oportuno, desataram a falar mal de Angola:  falta de transparência, nada de democracia, a lei do mais forte, violência desproporcionada, enfim, todos os direitos humanos atropelados. Acredito, que uma pesquisa a essa gente iria revelar que a maior parte nem sabe o que aconteceu na Lunda Norte, e os restantes têm uma agenda política, que todos nós conhecemos. Foi uma "manifestação" mais uma vez manietada pelo MPLA, dizem.

Bom, vamos a factos. De facto foi uma manifestação às quatro da manhã, com cerca de 300 pessoas, fortemente armados ( metralhadoras, caçadeiras, catanas e afins), com intenção de tomar o comando da polícia e hastear uma bandeira qualquer. Portanto, não foi uma manifestação, foi um acto de rebelião, comandado por algum responsável do reino Tchokwe, com tendências separatistas.

A polícia ripostou como devia, e nesse encontro morreram dois agentes da autoridade. Do outro lado, morreram uns quantos, mas esses não me interessam, interessam-me os agentes deste meu país, que segundo a Constituição é uno e inviolável.

Felizmente, o Comandante Geral da Polícia, em conferência de imprensa, avisou que a resposta a actos deste género será sempre desproporcionada. Todos têm de saber o que os espera, se atentarem contra a soberania nacional.

É aqui nesta altura, que cabe dizer-me: que se danem os mentecaptos que vêm agora invocar os direitos humanos, a liberdade de expressão e outras coisas semelhantes. Há muito tempo que todos nós os conhecemos. E esses direitos, liberdades e garantias, estão garantidos.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

NO TOPO DA MONTANHA

Eu quero viver no topo da montanha

E fazer da revolução a minha pátria

Crescer para além do pecado original

Não odiar ninguém que seja diferente

Que tenha outra cor, origem ou credo

Que acredite em outras nuvens e mares

Ou navegue e veleje em ventos diferentes

Sentir-me limpo, livre, feliz, humano

Jamais negar o racismo, mas combatê-lo

Terminar com esta pandemia, que nos infecta

Poder chamar irmão a quem quer que seja

Quero largar tudo, apenas a roupa no corpo

E partilhar a alegria  que nos une como raça 


Lobito, 28.01.2021

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

DEPLORÁVEL

 Deplorável.

Deplorável que a esquerda portuguesa, tenha sistemáticamente comportamentos irresponsáveis e idiotas, sem qualquer vislumbre de uma estratégia, ou de futuro.

Deplorável, que os partidos de direita (CDS e PPD), tenham querido retirar dividendos, onde não os havia. É de uma tristeza profunda ver o comportamento do lider do PPD, a roçar o atraso mental e o vazio de ideias. Quanto ao líder do CDS, partido prestes a tornar-se um partido fantasma, foi igual a si mesmo. Um garoto irresponsável, com ambições de se tornar um idiota imortal.

Alguém já teve o cuidado de avisar, o líder do PCP, de que o seu lugar não é vitalício? Que quando sair, quem entrar não vai encontrar nada? Alguém já lhe disse, que deveria ser feita uma análise ao que se passou no Alentejo, tradicionalmente um bastião dos comunistas?

Deplorável, o comportamento dos canais de TV, que trabalham árduamente para as audiências, o famoso "share", que todos querem alcançar, nem que para isso tenham de baixar o nível até próximo do zero.

Deplorável a maioria dos comentadores, que só dizem o óbvio e baboseiras sem sentido.

Deplorável o PS, que se arredou da discussão e deixou a casa nas mãos de assaltantes de baixo quilate. Alguém já avisou o Dr. António, que a burrice e os erros se pagam caro?

Deplorável, que a extrema direita esteja aí e que não se veja alternativa credível para os pôr no lugar. Já sabemos o que vai acontecer e eu espero não ser o "Nostradamus" adivinho.

Mas, do meu ponto de vista, o CDS e o BE vão ser pulverizados em próximas eleições e bem que fizeram tudo para o merecerem. O PS vai declinando a caminho de uma morte certa. O PPD vai revender a alma ao diabo e apenas para tentar alcançar o poder, vai-se deitar tranquilamente nos braços da extrema direita.

Quanto ao PCP, por este andar irá definhando lentamente até desaparecer no horizonte enevoado.

Finalmente, alguém já percebeu, a bondade e a vitalidade de um calceteiro, que aponta caminhos, que nenhum dos magníficos doutores, nem sequer vislumbram? Pois é, enquanto todos estiveram em grandes hotéis e sedes de campanha, o nosso Tino esteve com os amigos na garagem do irmão, bebendo uns copos e aguardando o resultado das votações.

Onde fica o povo português? Seguramente em muitos maus lençóis.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

DESMATAMENTO: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

 

desmatamento é um dos mais graves problemas ambientais da atualidade, pois além de devastar as florestas e os recursos naturais, compromete o equilíbrio do planeta , incluindo os ecossistemas, afetando gravemente  a economia e a sociedade. Dessa forma, toda vez que uma área florestal é removida, temos aí uma prática de desmatamento, que também pode ser chamado de “desflorestamento”.

Causas do desmatamento

O desmatamento, embora seja uma ação antrópica (humana), não é feito por acaso. Existem alguns motivos que provocam ou intensificam a ocorrência desse problema, entre os quais, podemos mencionar:

a) Expansão agropecuária: o avanço das áreas agricultáveis e da fronteira agrícola provoca o avanço das atividades humanas sobre o meio natural, fazendo com que áreas inteiras de matas sejam substituídas por pastagens, campos agrícolas ou áreas rurais à espera de valorização financeira.

b) Atividade mineradoraa prática da mineração também é um dos grandes fatores responsáveis pela devastação das florestas, pois áreas inteiras são devastadas para a instalação de equipamentos e atividades de exploração de reservas dos mais diversos minérios, tais como o ouro, a prata, a bauxita (alumínio), o ferro, o zinco e muitos outros.

c) Maior demanda por recursos naturaishá, no mundo, um aumento exagerado do consumismo, com uma maior procura por matérias-primas e, consequentemente, por recursos naturais. Assim, os bens oferecidos pela natureza são explorados cada vez mais intensamente, com destaque para a madeira, o óleo de palma e demais elementos, que, quando retirados, provocam a destruição das florestas.

d) Crescimento da urbanizaçãocom o incremento da urbanização no mundo, as áreas verdes localizadas tanto nas áreas ao redor das cidades quanto dentro dos limites urbanos são removidas para a construção de moradias, empreendimentos, prédios, indústrias e muitos outras formas de intervenção do homem sobre o seu espaço.

e) aumento das queimadasacidentais ou intencionais, as queimadas criminosas sobre áreas naturais vêm se alastrando, com frequentes notícias a respeito surgindo nos jornais e revistas. Em tempos de estiagem, a vegetação fica mais seca e o fogo alastra-se com maior facilidade, de forma que qualquer faísca, dependendo da localidade, pode provocar uma verdadeira catástrofe.

f) fabrico de carvão: em muitos países, tal práctica ainda se mantém, conduzindo a desmatamentos desordenados, sem reposição. E actualmente uma garrafa de gás, fica mais barata que o seu equivalente em carvão.


Consequências do desmatamento

São várias as consequências e impactos gerados pelo desmatamento, haja vista que a intervenção do homem sobre o meio natural fatalmente acarreta desequilíbrios. Dentre tais problemas, podemos citar:

a) Perda da biodiversidadecom a destruição das florestas, o habitat natural de muitas espécies torna-se escasso ou inexistente, contribuindo para a morte de muitos animais e até mesmo a extinção dos tipos endêmicos, aqueles que só se encontram em localidades restritas. Tal configuração traz problemas para a cadeia alimentar e pode impactar até atividades económicas, tais como a caça e a pesca.

b) Erosão dos solossem as árvores, o solo de muitas localidades fica desprotegido, sendo facilmente impactado pela ação dos agentes erosivos, tais como a água das chuvas e dos rios, além de outros elementos. Com a consequente erosão, ocorre a perda de muitas áreas.

c) Extinção de riosa remoção das florestas provoca a destruição, em alguns casos, de nascentes que alimentam os rios. Além disso, as áreas de encosta, nas margens dos cursos d'água, sofrem com o aumento da erosão, o que faz com que mais terra e rochas sejam “jogadas” no leito dos rios, o que provoca o seu enfraquecimento.

d) Efeitos climáticoso clima e as temperaturas dependem das condições naturais. Muitas florestas contribuem fornecendo umidade para o ambiente, de forma que a retirada dessas implica a alteração do equilíbrio climático de muitas regiões, isso sem falar na intensificação do efeito estufa.

e) Desertificaçãoalém das erosões, os solos podem sofrer com a ausência da vegetação. Em áreas áridas e semiáridas, pode ocorrer a desertificação, com a perda de nutrientes do solo, além do processo de arenização, que ocorre em regiões de clima húmido e de solos arenosos.

f) Perda de recursos naturaisos recursos naturais, mesmo aqueles renováveis, podem entrar em escassez com o desmatamento. É o caso da água, madeira, além de inúmeras matérias-primas medicinais retiradas a partir do extrativismo vegetal.

 


quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

ESTAMOS JUNTOS

 


SOMOS TODOS FAMÍLIA

Qualquer homem como eu tem quatro avós

Esses quatro, por força, dezasseis

Sessenta e quatro a estes contareis

Em só três gerações que expomos nós

Se um homem dá tanto cabedal

dos descendentes seus, que farão mil?

Uma província? 

Todo o Portugal?

Por esta conta, amigo, ou nobre ou vil

Sempre és parente do Marquês de Tal

E também do porteiro Afonso Gil


Se contarmos com as infindáveis gerações e respectivas permutas de todas as raças, cores e credos, acabamos por ser todos família. palestinianos, israelitas, afegãos, americanos, chineses, russos e do mais que se lembrarem

Preciso de realçar, a enorme e profunda estupidez em que estamos mergulhados, inútilmente?

LUSITANOS

A25-BIS-DR2: o gene lusitano que só os portugueses possuem

 


                                                            Estátua de Viriato em Viseu

 

OA25-BIS-DR2, é um Gene!  Uma sequência de aminoácidos, que só existe num único Povo: O LUSITANO. A Ciência tem destas coisas.  Procura-se uma coisa, e tropeça-se com o inesperado. E por vezes o inesperado, obriga a que a História seja reescrita. Foi o que aconteceu quando o Estudo dos Genes de Histocompatibilidade HLA, revelaram que os descendentes do primitivo povo, que habitava o Norte e o Centro de Portugal, que conhecemos por Lusitano, possuíam dois Genes únicos:

A25-BIS-DR2 e o A26-B38-DR13

 O A26-B38-DR13, é o Gene mais antigo da Humanidade. O A25-BIS_DR2, é único. Só existe nos Lusitanos. Não existe em mais nenhum Povo do Mundo. O nosso código, é diferente dos outros Povos Mediterrânicos, e é único e o mais antigo à face da Terra.

São os Lusos de Camões, que um dia pegaram em Antigos Mapas, cópias de cópias de cópias de fontes já extintas, e atravessaram o Mar-Oceano. São os Lusos, de Dom João II, que abdicaram de títulos de cargos e de bens, para reconstruir a Terra dos antepassados.

Invasões por parte de Centro-Europeus (Celtas) durante o primeiro milénio a.c. podem ter tido lugar e dado origem aos Lusitanos, que foram primeiramente definidos como os relativamente unificados guerreiros ibéricos que lutaram contra os invasores Romanos.

Apesar de a língua e arte de Tartessos ser também encontrada no sul de Portugal, é possível que as tribos paleolíticas que povoaram Portugal fossem distintas das outras ibéricas. Estas são os Estrímnios (norte de Portugal) e os Cinetes ou Cónios (sul de Portugal).

 Assim se comprova que, de facto, em Portugal somos todos mais ou menos primos e que há, apesar das misturas, uma homogeneidade etno-racial de Norte a Sul, que combina, de resto, com a sua unidade linguística e solidez de consciência nacional.

  

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

XYAMI ( MINHA TERRA)

 Este fim de semana, com o meu grupo de amigos embrenhei-me mato adentro, até não haver mais vestígios de civilização.

Savana semi desértica, na continuação para norte, do deserto do Namibe. Nem vivalma, nem ruído de nenhuma espécie. Até onde a vista alcançava, apenas a savana e montanhas no horizonte longínquo. Apenas um gavião planava nas ondas de calor, que tremiam no ar desenhando miragens. Debaixo de uma espinheira, colocamos uma mesa de campanha com as comidas e bebidas que levávamos. Com música de fundo de um dos carros, estivemos em amena cavaqueira até ser quase noite.

Depois regressamos, e quando estávamos a entrar na cidade, o sentimento de todos era de perda profunda. A comunhão com a terra, no sentido mais telúrico do termo tinha terminado. É difícil de explicar, a quem vive noutras paragens, a enorme sensação de pura liberdade quando estamos no “mato”. O quotidiano das nossas vidas simplesmente dilui-se, o tempo pára. E é aí, que podemos murmurar todos os factos importantes da nossa vida, sem medos nem arrependimentos.

JANEIRO, 2021