quinta-feira, 10 de setembro de 2020

LONGE DA MULTIDÃO

 

Todo o mundo deveria

Ser ao menos uma vez frágil, desamparado

Poder  marcar um passado e um futuro

No momento exacto da escuridão

De preferência quando a cama está vazia

E o desconforto amanhece connosco

Todo o mundo deveria

Ao menos uma vez, ter saudades do passado

Ainda que sejam dolorosamente inúteis

Na falta de um abraço que nos desvende

E corrija qualquer ano menos bom

Todo o mundo no final, deveria poder dizer…

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