Qualquer homem como eu tem quatro avós
Esses quatro, por força, dezasseis
Sessenta e quatro a estes contareis
Em só três gerações que expomos nós
Se um homem dá tanto cabedal
dos descendentes seus, que farão mil?
Uma província?
Todo o Portugal?
Por esta conta, amigo, ou nobre ou vil
Sempre és parente do Marquês de Tal
E também do porteiro Afonso Gil
Se contarmos com as infindáveis gerações e respectivas permutas de todas as raças, cores e credos, acabamos por ser todos família. palestinianos, israelitas, afegãos, americanos, chineses, russos e do mais que se lembrarem
Preciso de realçar, a enorme e profunda estupidez em que estamos mergulhados, inútilmente?
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